domingo, 15 de novembro de 2009

Obrigada, vestido azul.

Resolvi trocar o vestido branco por um azul com enfeites coloridos. Não que eu não acreditasse que o branco me traria paz em 2009, mas não achei má ideia arriscar em um visual um pouco mais alegre no revéillon.

Talvez nem tenha sido culpa do tom azul ou de seus detalhes em amarelo e vermelho, mas 2009 (pelo menos por enquanto) foi o melhor ano da minha vida.

Em pouco menos de 12 meses, eu aprendi que nossos sonhos estão próximos; é só acreditarmos que podemos realizá-los. Aprendi a acreditar e a confiar mais em mim. Aprendi a valorizar cada detalhe, cada momento. Encontrei alguém que me faz mais feliz, fortaleci laços de amizade e me livrei definitivamente de mágoas. Chorei de arrependimento e sorri de orgulho. Briguei, falei alto, discuti; mas também consolei, perdoei e superei.

Na noite em que eu completei meus quinze anos, descobri que muita gente precisa e gosta de mim. Que eu me tornei eternamente responsável por cada um que estava a minha volta naquele dia. Apaguei as velas e senti que, além de estar crescendo, eu havia acumulado conhecimento durante esse ano. Mas o mais importante foi ter reconhecido que a minha felicidade estava dentro de mim e que eu tinha forças suficientes para chegar até ela.

domingo, 20 de setembro de 2009

Um romance baseado em fatos reais

A primeira cena se passaria no pátio de um colégio, com uma garota avistando de longe um menino que escondia as mãos no bolso da jaqueta.
Na sala de aula, eles conversam e tiram dúvidas um com o outro. As cenas seguintes são de gargalhadas e conversas interessantes. Com o passasr dos dias, ela perceberia que tê-lo como amigo ou esclarecedor de dúvidas não bastaria.
Ela passa a lhe entregar cartas descrevendo o que sente e numa outra cena ele aparece rasgando-as impiedosamente. Ela descobre que ele é apaixonado por uma garota cujos olhos são azuis e que não haviam chances de ser como ela. Apesar disso, ela continua o amando em silêncio.
No final do filme, nossa protagonista e a menina dos olhos azuis se tornam grandes amigas e recebe, enfim, uma declaração do menino que tanto esperou. Após muito sofrimento, ela ganha o primeiro beijo e o primeiro namorado.
Minha história mereceria estar em cartaz não só pelo roteiro romântico, mas por ensinar o público a não desistir de seus sonhos e de lutar pela própria felicidade.

- Pauta para a Capricho: Por que a sua vida daria um filme?
- Ao meu namorado, por me ensinar a ser forte e por me mostrar o que é felicidade. Eu te amo.
- À Flávia, por acreditar que a nossa amizade poderia existir (eu já te agradeci por isso antes?). Eu te amo, também, amiga.
- Prometo que amanhã eu tiro uma foto com os dois e posto aqui.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Expulso, tempo.


Por favor, um cartão vermelho ao tempo. Eu, aqui, morrendo de ansiedade e esses ponteiros parecem nem sair do lugar. Eu queria adormecer e acordar dentro do meu vestido, assoprando as velinhas dentro do salto alto ou rodopiando a tão sonhada valsa com meu príncipe a centímetros de mim. Eu queria estar dentro do salão agora: vivendo a noite em que eu completarei meus quinze anos.

Pauta para a Capricho: Para quem/o que você daria cartão vermelho?

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Se eu não me amasse tanto assim...


Eu nunca parava na frente do espelho para ver se meu cabelo estava em ordem ou se eu estava bem com a roupa que estava vestindo. Pelo contrário, eu fazia questão de passar bem longe de qualquer objeto que refletisse minha imagem.
Aos 14, com pouco mais de um metro e meio de altura, uns quilinhos sobrando, um cabelo mau cuidado, nenhum admirador secreto e uma autoestima constrangedora.
Eu não me amava. Aliás, eu não sabia como fazer isso. Como eu iria amar a mim mesma? As pessoas, geralmente, não amam outras pessoas? O que é amor-próprio, exatamente?
Mas com o tempo, eu aprendi: eu deveria simplesmente me aceitar. Deveria destacar minhas qualidades e tentar concertar os defeitos. Ao invés de lamentar por ter que passar corretivo nas espinhas, eu deveria agradecer por passar lápis nos olhos verdes. Aprendi que, em vez de ficar em casa comendo brigadeiro, eu poderia ir à academia com as amigas. Descobri que o meu cabelo, quando arrumado, ficava maravilhoso.
De bem com a balança, com o cabelo bonito e um salto alto, agora eu posso dizer que eu me amo. Eu até passei a gostar de espelhos.

Mas o que mudou mesmo foi aqui dentro: eu passei a acreditar mais em mim. Descobri que eu sou capaz, sim. Que além de defeitos, eu tenho muitas qualidades. Que se eu me amasse, os outros passariam a me amar também.

Até um admirador eu tenho agora (e olha que ele nem é tão secreto assim).


- À minha mãe, que sempre me dizia que eu só precisava me amar e por me convencer desde sempre que eu sou mesmo bonita. Eu te amo!

- Pauta para a capricho: Você se ama?

terça-feira, 23 de junho de 2009

Detalhes que podem salvar um dia


Tudo sempre começa com a insuficiência de bateria de um celular. Uma hora de sono a mais que o normal, mais uma assinatura na lista de "Alunos atrasados do mês" e, para completar, um futuro hematoma na canela causado pela batida na quina do móvel. Olheiras impiedosas e uma escandalosa espinha no nariz. Você esquece da prova de Matemática e o professor te expulsa da sala por estar conversando demais. Chegando em casa, o almoço está gelado e você quebra o último copo de vidro importado da sua mãe. Você implora para o dia acabar logo, mas ele parece cada vez mais lento. É, nem todos os dias são perfeitos. Quando tudo parece estar dando errado, nós precisamos nos concentrar nas infinitas coisas boas que estão acontecendo ao nosso redor. Como por exemplo, agradecer por ter acordado e por ter um almoço. Quando o dia parece não estar sendo muito legal comigo, eu pego um papel, uma caneta e começo a escrever. Saio com as amigas e é quase impossível não soltar umas boas gargalhadas. Abro uma barra de chocolate e minhas preocupações evaporam rapidinho. Leio novamente meu capítulo preferido daquele livro que está na gaveta e adormeço. E de repente já é o dia seguinte. Eu levanto da cama assim que o celular toca e tomo bastante cuidado com a quina do móvel. Pronto, salvei o dia.

Pauta para a Capricho: O que sempre salva o seu dia?

domingo, 14 de junho de 2009

Como um pudim de chocolate


Eu nunca recusei uma porção de batata fritas com um sachê de catchup, um milk shake bem cremoso ou pedaço de bolo nega maluca; assim como nunca pensei que escreveria sobre meu pior defeito: ser exatamente o reflexo de tudo o que eu como. Eu sempre fui uma bolinha, porém sorridente. Me fartava de salgadinhos nas festas de aniversário e dos inúmeros tipos de doce que haviam na estante da casa da minha avó. E achava o máximo, já que naquela época eu não me importava com os meus pneuzinhos. Com o passar do tempo, ser uma bolinha passou a ser sinônimo de obesidade, eliminando qualquer vestígio de "fofura". Hoje, eu não sou exatamente uma bolinha, mas sou quase. Permanecem em mim muitos costumes que me transformariam novamente em uma menina bem, digamos, redonda. Se bem que se eu fosse mesmo tudo o que como, levando ao pé da letra, eu seria um quindim, um copo de coca-cola bem gelado, um sundae de chocolate ou até mesmo uma pizza de quatro queijos. Sabem como é, lotada de calorias mas redondamente deliciosa.

Pauta para a Capricho: Você é o que você come?

terça-feira, 9 de junho de 2009

Nem tão perfeito assim


Ele não precisa ser parecido com um príncipe encantado nem ser o cúmulo do cavalheirismo. Não haverá necessidade de me entupir de presentes ou de dizer que me ama todos os dias. Ele só terá que me fazer feliz, me olhar profundamente nos olhos, me abraçar quando for preciso e merecer ler cada linha das minhas cartas. E, é claro, tudo isso com muito, mas muito amor no coração.

Pauta para a Capricho: como é o namorado dos seus sonhos?

- E em clima do Dia dos Namorados, desejo parabéns e muita felicidade à todos os pombinhos! E eu ainda vou encontrar o meu, eu sei que vou.

domingo, 31 de maio de 2009

Grana demais para ser verdade


Se me depositassem um milhão na conta para gastar em apenas um dia, eu nem pensaria muito: compraria aquele óculos de sol roxo que vi na vitrine semana passada, aquele laptop de strass e aquela máquina fotográfica cor de rosa dos meus sonhos. Sairia do shopping com as sacolas carregadas de roupas; não com o coração apertado por ter que escolher entre uma sandália e outra. Compraria um jatinho para passear pelas Índias e visitar as sete maravilhas do mundo moderno. Compraria uma casa no Havaí e passaria todas as minhas férias por lá. Reservaria uma parte à minha família e ao meu seguro de vida, é claro. Se ainda desse tempo, eu convidaria as amigas para uma festa particular regada àquelas bebidas sofisticadas que nunca tive a oportunidade de experimentar e à trufas recheadas. Mas talvez eu acorde exatamente no momento em que estiver visitando o Cristo Redentor; aí só me restará torcer para que a minha mesada seja suficiente para bancar a primeira parcela daquele laptop de strass.
Pauta para a Capricho: O que você faria com um milhão de reais?

Breve e insignificante


Nunca me imaginei frente a frente com o Robert Pattinson. Primeiro porque a perfeição transmitida pelo Edward se distancia cada dia mais da minha realidade, segundo porque as minhas chances de sair do território brasileiro são tão pequenas quanto às dele de vir para cá e, terceiro porque não me considero tão fanática a ponto de ter esperança de conhecê-lo um dia. Depois que eu soube que o cara estava leiloando seu próprio beijo em um evento beneficente para ajudar a organização Cinema contra a AIDS, parei para refletir: tudo bem, tem um fundo solitário nisso tudo, mas e atrás disso? Dólares e mais dólares para um contato físico tão breve? Cédulas e mais cédulas por uma proximidade que talvez seja insignificante para ele e tão considerável para quem receber o beijo? Eu não gastaria nem um centavo com isso; seria dinheiro demais por um beijo, não por uma causa beneficente. Ele que continue fazendo filmes e ganhando milhões: é uma quantia capaz de ajudar muita gente.
Pauta para a Capricho: Quanto você pagaria por um beijo do badalado vampiro?

terça-feira, 12 de maio de 2009

Até onde você iria por um sonho?


Desistiria na primeira vez em que estivesse de cara com o fracasso, ou lutaria com a força dobrada? Desanimaria se em algum momento ele parecesse distante demais, ou não se importaria? Passaria pela sua cabeça, em algum momento, deixar tudo pra trás? Se lhe dissessem que seria impossível, você acreditaria? Nunca desista de seus sonhos, sejam lá quais forem. Seus esforços valerão a pena, e a sua felicidade será imensa demais para caber em palavras.
- Sim, tô na Capricho! Esse blog vai pra frente graças a vocês. Obrigada por me ajudarem a realizar meu sonho, de coração.

domingo, 3 de maio de 2009

Recolhidos


Ficar na rua até de madrugada, ir à baladas sem a companhia de um responsável e ser a última a ir embora de uma festa foram momentos que não me recordo ter vivenciado muitas vezes. É claro que, para os meus catorze anos, as regras impostas pelos meus pais são certamente dignas. Mas e aquela história: “Daqui a alguns anos você vai poder sair e voltar um pouco mais tarde, filha.”? Considero democracia a liberdade da nação, onde cada pai e mãe tem o direito de darem a educação que julgam ser melhor à seus filhos. Acham que se não investirem em educação o vandalismo vai melhorar? Não deveriam se importar mais com o próprio tráfico de drogas e não com os que estão sujeitos a se envolverem? Nem o Poder Judiciário e muito menos o Conselho Tutelar podem cumprir o papel de uma família. Ao invés de se importarem com a nossa formação de uma forma tão rígida, poderiam ao menos informar nossos pais sobre os perigos expostos e deixá-los encarregados de tomarem medidas à respeito. Tudo bem, entendemos que a intenção é de nos proteger, mas assim nós nos sentimos perseguidos por pessoas desconhecidas. Eu, por exemplo, vou continuar voltando cedo para casa e indo à baladas só com meus pais, obedecendo os limites que eles me impõem e ciente de que foram eles os criadores de tais regras.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Com o dobro nas costas


Ao longo desses meus (quase) 15 anos, nunca pensei em como estaria com o dobro disso. Sempre imaginei minha clínica de pediatria com bonecas e carrinhos espalhados pelo ambiente, um saquinho de balas, outro de bexigas e meu estetoscópio pendurado no pescoço - mas nada além disso. E hoje, finalmente, parei para pensar. Estaria ainda com meus cabelos loiros? Seria uma mulher, enfim, independente? Sairia dos 1,57cm de altura? Carregaria uma responsabilidade enorme no colo ou mesmo no berço? E como ele(a) seria? Comportado(a), chorão(ona)? E meu marido, seria parecido com o príncipe encantado que imagino ser? Me traria flores ao final do dia e me abraçaria quando lhe pedisse? Se eu acordasse com 30 anos amanhã, certamente iria desfrutar da liberdade (se é que vou tê-la realmente) e do poder de ser uma verdadeira mulher. Mas com certeza sentiria falta dos meus bons tempos de 15, quando responsabilidades ainda não me eram tão cabíveis e curtição era a única palavra válida. E que sorte a minha, amanhã ainda estarei com (quase) 15.
Pauta para a Capricho: O que você faria se acordasse com 30 anos?

O desejo de retornar


Quem me dera se eu pudesse voltar no tempo. Eu brincaria mais com as minhas bonecas e aproveitaria melhor cada segundo em que estivesse livre para correr. Talvez parasse de roer as unhas no exato momento em que me desse conta de que estivessem horríveis. Não ficaria de boca calada quando precisasse falar e nem derramaria lágrimas por quem não as merecesse. Abraçaria e sorriria mais. Sairia com as amigas sem hora para voltar e dançaria até cair - não até quando me pedissem para parar. Comeria vários brigadeiros sem culpa e me incluiria no time de handebol mesmo não sabendo jogar como as demais. Não deixaria que me rebaixassem e nem exigiria de mim algo que eu não poderia ser. Não sofreria por amor e nem entregaria nenhuma daquelas cartas a seu patético destinatário. Se eu voltasse ao passado corrigiria erros, reviveria momentos e desejaria passar novamente por algumas experiências. Mas enquanto essa tal máquina do tempo não aparece por aqui, só me resta recordar lembranças que não me escapam da memória, viver o presente evitando possíveis arrependimentos, fazer o impossível para que não seja necessário lamentar pelo que não fiz, e simplesmente viver, sem esquecer que devo me preocupar também com o futuro que me espera.

Pauta para a Capricho: O que você faria se pudesse voltar no tempo?

domingo, 5 de abril de 2009

Reflexos profissionais


Uma bolinha de papel arremessada em direção à testa do professor, uma discussão (em voz mais alta que o normal) voltada para a quantidade de matéria, grosserias variadas e conversas paralelas a todo canto: exemplos de cenas de desrespeito praticadas por muitos alunos em plena sala de aula hoje em dia.


Grande parte deles não se deu conta de que atrás das broncas, pedidos de atenção e lousas repletas de conteúdos intermináveis está a intenção de auxiliar na nossa formação, de contribuir para o nosso caráter pessoal e profissional.


Analisando por outro ângulo, são constatados inúmeros casos de professores que não respeitam a opinião de seus alunos, abusam do poder e acabam atraindo tal comportamento, como também pais que não assumem seus papéis na formação dos filhos.


A principal educação vem do berço, e opiniões e ideias distintas devem ser respeitadas pelos professores também. E tudo é como um espelho: nosso futuro é o reflexo do conhecimento adquirido, do nosso esforço. E é por isso que não há dinheiro que pague um professor: o valor de um futuro digno é inestimável, e respeitá-los acaba se tornando uma obrigação.


E como diria meu professor de Física: "O sucesso de um professor é o sucesso de seus próprios alunos".



- Pauta para a Capricho: Mais respeito com os professores?

sexta-feira, 27 de março de 2009

Uma vergonha desagradável


As mãos no bolso, um olhar desviado, as maçãs do rosto discretamente rosadas e, raramente, um sorriso descaradamente tímido. Algumas palavrinhas daqui, outras dali.
Por mais que algo tente sair da boca deles, tudo se torna inacreditavelmente inútil. Talvez, boa parte se deve ao fato de que a timidez não se encontra somente ao lado do representante do sexo masculino (presente em nossa frente no exato momento). Mas isso ocorre em 1 a cada 1000 casos. Mas eu arriscaria em afirmar que a timidez masculina é extremamente incomparável com a feminina.
Uma menina tímida é charmosinho, até. Um menino tímido, ao contrário de facilitar nossas vidas, nos deixa a cada corada de bochecha mais confusa. Aposto que qualquer menina gostaria de possuir uma bola de cristal para adivinhar ao menos metade do que estão pensando.
Para uma menina tímida, o encarregado de decifrar enigmas é o menino, e eles nasceram com mais facilidade para cumprir tal papel. Mas e nós, meninas? Temos que chegar, perguntar, argumentar, puxar assunto e torcer para que ele nos olhe nos olhos?
Até que ponto é uma necessidade, e até onde passa a se tornar vulgar? Será que o tempo se encarrega de curar tanta vergonha?
Meninos, nós não somos tão exigentes assim. Só queríamos que facilitassem nossas vidas. Sorrir é fácil, falar também. Demonstrar o que sentem nem é tão complicado assim, acreditem. E as bochechas rosadas são até bonitinhas (apesar de preferirmos elas ao tom natural).


- Post exclusivo à uma amiga: boa sorte, amo você.


quinta-feira, 26 de março de 2009

A desvantagem do sexo feminino


Se não se referem a ela como “Tô Pra Matar”, se referem à coitada com nomes um pouco piores. Eu arriscaria assinalar certa generalização popular. É claro que raramente se encontra por aí uma adolescente cuja paciência não se esfacela magicamente ao se aproximar de certa data do mês. Algumas não podem nem sequer avistar um mosquito voando a metros de distância que logo se irritam com o ritmo do batimento de suas asas ou até mesmo do (tenho que admitir!) ruído perturbador que surge do inseto. Mas, eu me considero uma menina de sorte. Não me lembro de ter sofrido com uma cefaléia, um nervosismo, ansiedade ou inchaço de qualquer parte do meu corpo no período em que eu deveria estar “Treinando Para Matar”. Só espero que esse alívio não seja recompensado no futuro.
Faz parte da vida feminina, e mesmo se eu sentisse uma singela cólica, eu suportaria cada pontada... Porque vale a pena ser mulher.
- Pauta para a Capricho: Você e a TPM.

domingo, 22 de março de 2009

Um papo com a Fada dos Dentes


Cheguei atrasada para a entrevista, mas nada que tirasse o sorriso estampado do rosto dela. Não deixei de reparar no brilho de seu chapéu cor-de-rosa.
Olá, Fada dos Dentes! É uma honra entrevistá-la. E então, como é ser uma Fada dos Dentes?
FD: Eu adoro a minha profissão. Toda fada sonha em ser uma Fada dos Dentes, e eu me orgulho por ser uma.
Onde, geralmente, você encontra os minúsculos dentes de leite?
FD: Na maioria das vezes, em baixo do travesseiro, embaixo da cama e ao lado do abajur. Sem contar aqueles que dificultam o meu trabalho e entram dentro da fronha.
E por quantas moedas você troca cada dente?
FD: Depende. Dou umas moedas a mais para os bem cuidados. Certa vez, encontrei um repleto de cáries. Troquei por uma moeda de cinco centavos, e me arrependo até hoje. Ele não valia nem metade disso.
E qual o fim dos dentes coletados?
FD: Sempre são doados a velhinhos ou pessoas banguelas. Esse é o verdadeiro sentido do meu trabalho: levar sorrisos mais saudáveis a muita gente.
Parabéns pelo trabalho, Fada dos Dentes. Sou sua fã. Quer deixar algum recado para as crianças?
FD: Obrigada, querida. E escovem seus dentes direitinho, crianças! Quanto mais limpos estiverem, mais pesado ficará o cofrinho de vocês.



- Pauta para Capricho: Quem você entrevistaria?
- Meus agradecimentos à Dani e Bárbara (eu amo vocês!)
- Tentei encontrar uma foto mais decente, mas não obtive sucesso. O que vale é a intenção, né? :)

sexta-feira, 20 de março de 2009

O dia em que eu conheci o amor da vida dele - Parte 2

Dessa vez eu a observava de longe. Distante, porém não difícil de perceber como a cor de seus olhos disputavam com o céu que se iluminava aos poucos. Não passava das 6:30 am, mas o céu já havia se transformado em seu azul divino.
Eu observava como ele (aquele que recebia minhas mais impecáveis cartas, ouvia minhas mais dolorosas revelações e fazia* meu coração bater descontroladamente mais rápido) a seguia, até a (surpreendente) maneira como ela o deixava para trás. Mesmo apressando o passo, ele não conseguia alcançá-la. Eles estavam próximos um do outro, mas mantinham uma distância satisfatoriamente razoável - o que me provocava um alívio momentâneo acompanhado de uma série de dúvidas que se multiplicavam incansavelmente na minha cabeça.
Por que eles não se aproximavam ou trocavam algumas palavras, afinal?
Estava perfeitamente nítido como ele tentava alcançá-la sem obter sucesso algum.
Eu subi as escadas do colégio às pressas, prevenindo-me de encontrá-los no caminho. Mas foi em vão: eu os avistei de longe, conversando, apesar de me passar uma leve impressão de ser uma simples conversa estranhamente fugaz. Obviamente, eu não pude deixar de reparar na maneira como ele a olhava.
No recreio, era felizmente perceptível como a aluna nova havia sido bem acolhida - não deixava passar por despercebido (excepcionalmente por mim) também, o fato de ele não estar ao seu redor.
O sinal alertou o fim do intervalo, e a sala de aula gritava meu nome.
Eu a avistei, novamente, em meio àquela "multidão" concentrada no corredor. De repente, eu estava frente à frente com ela. Talvez o fato de que ela estivesse próxima de conhecidas minhas pudesse ter facilitado o nosso primeiro cumprimento a acontecer.
Não me lembro exatamente da onde partiu o "oi", mas eu me recordo perfeitamente da pergunta que ela havia feito: "Tudo bem?", que representou pra mim muito mais que uma singela (e educada) pergunta.
Eu lhe respondi com um sorriso (que talvez tenha sido tímido mas absolutamente sincero), e dessa vez, ela me devolveu outro em troca. Imediatamente, me veio a sensação de dever cumprido.
Eu havia acabado de conhecer o amor da vida dele além dos olhos azuis. E mais: descobri que sim, ela sabe sorrir.
Hoje, eu e a Flávia somos grandes amigas. E somos a grande prova de que uma amizade pode nascer de diversas formas e em diferentes lugares: até mesmo onde poderia ter nascido o ódio.

- Uma homenagem à Flávia Ferrari.
- Para melhor entendimento, leia O dia em que eu conheci o amor da vida dele - Parte 1
- Sim, eu sou a do olho verde, e ela a do olho azul.

* Verbo conjugado no passado indica uma ação que não acontece mais no presente.

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domingo, 8 de março de 2009

Um caráter atrás do anonimato


Segundo meu pai, anônimo é aquele que não apresenta nome. Eu acrescentaria: Indivíduo que ausenta a própria assinatura por falta de coragem, medo da opinião alheia diante de suas palavras expostas.
Seria interessante desabafar com o papel (ou com o meu blog). Eu diria à ele que ainda não sei fazer arroz e que na minha opinião a fulana está horrível de cabelo verde. Mais interessante ainda, seria se só o papel (ou o blog) soubesse quem foi a autora de tais confissões.
Talvez fosse divertido também se eu escrevesse sobre as minhas mágoas (ou até sobre aquele amor que eu ainda não fui capaz de escrever), e deixasse de declarar meu nome após o texto.
Mas eu prefiro assumir que sou eu mesma que não me dou bem com aqueles pequenos grãos brancos (que chamam de arroz) e confessar minhas mágoas com a cara à tapa. Afinal, faz parte da minha personalidade arcar com as consequências das minhas próprias opiniões ou até mesmo das minhas próprias verdades.
Prefiro que meu nome esteja abaixo de todos os meus textos, porque atrás de cada palavra existe o meu caráter disposto a receber qualquer elogio ou crítica. E se eu tiver sorte, alguém ainda pode me ensinar a fazer arroz.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Oompa Loompas x Robert Pattinson

Como rapadura é doce mas não é mole, o trote do TDB (Tudo de Blog - Capricho) ordena: "Descreva o sexy appeal dos Oompa Loompas e defenda porquê você prefere um Oompa Loompa como namorado do que o Robert Pattinson." E é claro, eu não podia perder essa. Detalhe: Texto em portunhol.



Si, ellos son guapos. Sus vozes e o cuerpo inacreditavelmente sensual, são cosas que dificilmente existiria em nuestra tierra. Las canciones se tornam más suaves e perfectas com la dulce voz de un Oompa Loompa. Mi sueño de consumo es ter um deles ao mi lado, cantando ao mi ouvido uma dulce canción. Me olhando dientro de los olhios e me deziendo inúmeras palabrias de amor. Mi vizinha se encanta con un loiro de olhios claros e insiste em decir que aquele tal de
Robert Pattinson es más gatxo que qualquier un daquiele “bando de anõecitos”. Como alguien puede achar un puebre homem como aquiele más guapo que los mios Oompa Loompas? Alién de ter un sorriso falsio e (mutxo!) feio, ele no tiene la voz maravilhosa de um Oompa Loompa, no tiene um cuerpo sensual como o deles e principalmente no tiene nenhuma chance de ser mi namorado. Me gusta las cosas con conteúdo, mutxo conteúdo. Soy mais meus Oompa Loompas guapíssimos. E bien que esse Robert podria ir se preparando para fazer unas plastiquitas. No iria chegar nem a los piés de mis Oompa Loompas, mas no seria nada mal.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

A (velha) timidez: como dominá-la?


Até aos 12 anos de idade, falar em público para mim não seria muito diferente do que ser condenada a forca. Eu era lá um pouco gordinha, e as espinhas também não colaboravam. Eu me sentia inferior, mesmo se estivesse em cima de um palco. Pelo contrário, meus defeitos seriam realçados justamente por ser a atenção do momento. Eu sempre me importei muito com o que os outros pensavam, e isso se tornou prejudicial à minha luta contra a timidez.
Me apresentar aos desconhecidos ou dançar em festas, era uma tarefa alienígena. Eu preferia deixar aquela palavra escrita errada no caderno, do que ter que pedir uma borracha emprestada.
Certo dia, eu decidi mudar. É claro que, não foi à partir do dia seguinte que eu me tornei uma pessoa extrovertida. Mas eu fui percebendo que eu estava deixando de fazer certas coisas, que só poderia fazer míseras vezes na vida.
Eu deixei de fazer amigos, não falei o que pensava, e nem fui quem realmente era (e sou né?). É como se eu fosse um ovo (sim, aquele objeto redondo que as galinhas botam), e a timidez, a casca. Eu só precisei quebrá-la, pra mostrar o que eu tinha de melhor.
Hoje, eu não posso dizer exatamente que não sou tímida, mas posso dizer que sei como dominá-la. Sei quando ela me prejudica, e sei quando ela está à meu favor.
Eu tenho coragem de pedir uma borracha emprestada quando esqueço a minha em casa, e não tenho medo de demonstrar meus sentimentos.
Suba em um palco você também. Não tenha medo do microfone, ele está sob o seu domínio. E a sua voz vai sair muito mais intensa do que você é capaz de imaginar.