segunda-feira, 20 de abril de 2009

Com o dobro nas costas


Ao longo desses meus (quase) 15 anos, nunca pensei em como estaria com o dobro disso. Sempre imaginei minha clínica de pediatria com bonecas e carrinhos espalhados pelo ambiente, um saquinho de balas, outro de bexigas e meu estetoscópio pendurado no pescoço - mas nada além disso. E hoje, finalmente, parei para pensar. Estaria ainda com meus cabelos loiros? Seria uma mulher, enfim, independente? Sairia dos 1,57cm de altura? Carregaria uma responsabilidade enorme no colo ou mesmo no berço? E como ele(a) seria? Comportado(a), chorão(ona)? E meu marido, seria parecido com o príncipe encantado que imagino ser? Me traria flores ao final do dia e me abraçaria quando lhe pedisse? Se eu acordasse com 30 anos amanhã, certamente iria desfrutar da liberdade (se é que vou tê-la realmente) e do poder de ser uma verdadeira mulher. Mas com certeza sentiria falta dos meus bons tempos de 15, quando responsabilidades ainda não me eram tão cabíveis e curtição era a única palavra válida. E que sorte a minha, amanhã ainda estarei com (quase) 15.
Pauta para a Capricho: O que você faria se acordasse com 30 anos?

O desejo de retornar


Quem me dera se eu pudesse voltar no tempo. Eu brincaria mais com as minhas bonecas e aproveitaria melhor cada segundo em que estivesse livre para correr. Talvez parasse de roer as unhas no exato momento em que me desse conta de que estivessem horríveis. Não ficaria de boca calada quando precisasse falar e nem derramaria lágrimas por quem não as merecesse. Abraçaria e sorriria mais. Sairia com as amigas sem hora para voltar e dançaria até cair - não até quando me pedissem para parar. Comeria vários brigadeiros sem culpa e me incluiria no time de handebol mesmo não sabendo jogar como as demais. Não deixaria que me rebaixassem e nem exigiria de mim algo que eu não poderia ser. Não sofreria por amor e nem entregaria nenhuma daquelas cartas a seu patético destinatário. Se eu voltasse ao passado corrigiria erros, reviveria momentos e desejaria passar novamente por algumas experiências. Mas enquanto essa tal máquina do tempo não aparece por aqui, só me resta recordar lembranças que não me escapam da memória, viver o presente evitando possíveis arrependimentos, fazer o impossível para que não seja necessário lamentar pelo que não fiz, e simplesmente viver, sem esquecer que devo me preocupar também com o futuro que me espera.

Pauta para a Capricho: O que você faria se pudesse voltar no tempo?

domingo, 5 de abril de 2009

Reflexos profissionais


Uma bolinha de papel arremessada em direção à testa do professor, uma discussão (em voz mais alta que o normal) voltada para a quantidade de matéria, grosserias variadas e conversas paralelas a todo canto: exemplos de cenas de desrespeito praticadas por muitos alunos em plena sala de aula hoje em dia.


Grande parte deles não se deu conta de que atrás das broncas, pedidos de atenção e lousas repletas de conteúdos intermináveis está a intenção de auxiliar na nossa formação, de contribuir para o nosso caráter pessoal e profissional.


Analisando por outro ângulo, são constatados inúmeros casos de professores que não respeitam a opinião de seus alunos, abusam do poder e acabam atraindo tal comportamento, como também pais que não assumem seus papéis na formação dos filhos.


A principal educação vem do berço, e opiniões e ideias distintas devem ser respeitadas pelos professores também. E tudo é como um espelho: nosso futuro é o reflexo do conhecimento adquirido, do nosso esforço. E é por isso que não há dinheiro que pague um professor: o valor de um futuro digno é inestimável, e respeitá-los acaba se tornando uma obrigação.


E como diria meu professor de Física: "O sucesso de um professor é o sucesso de seus próprios alunos".



- Pauta para a Capricho: Mais respeito com os professores?