sexta-feira, 27 de março de 2009

Uma vergonha desagradável


As mãos no bolso, um olhar desviado, as maçãs do rosto discretamente rosadas e, raramente, um sorriso descaradamente tímido. Algumas palavrinhas daqui, outras dali.
Por mais que algo tente sair da boca deles, tudo se torna inacreditavelmente inútil. Talvez, boa parte se deve ao fato de que a timidez não se encontra somente ao lado do representante do sexo masculino (presente em nossa frente no exato momento). Mas isso ocorre em 1 a cada 1000 casos. Mas eu arriscaria em afirmar que a timidez masculina é extremamente incomparável com a feminina.
Uma menina tímida é charmosinho, até. Um menino tímido, ao contrário de facilitar nossas vidas, nos deixa a cada corada de bochecha mais confusa. Aposto que qualquer menina gostaria de possuir uma bola de cristal para adivinhar ao menos metade do que estão pensando.
Para uma menina tímida, o encarregado de decifrar enigmas é o menino, e eles nasceram com mais facilidade para cumprir tal papel. Mas e nós, meninas? Temos que chegar, perguntar, argumentar, puxar assunto e torcer para que ele nos olhe nos olhos?
Até que ponto é uma necessidade, e até onde passa a se tornar vulgar? Será que o tempo se encarrega de curar tanta vergonha?
Meninos, nós não somos tão exigentes assim. Só queríamos que facilitassem nossas vidas. Sorrir é fácil, falar também. Demonstrar o que sentem nem é tão complicado assim, acreditem. E as bochechas rosadas são até bonitinhas (apesar de preferirmos elas ao tom natural).


- Post exclusivo à uma amiga: boa sorte, amo você.


quinta-feira, 26 de março de 2009

A desvantagem do sexo feminino


Se não se referem a ela como “Tô Pra Matar”, se referem à coitada com nomes um pouco piores. Eu arriscaria assinalar certa generalização popular. É claro que raramente se encontra por aí uma adolescente cuja paciência não se esfacela magicamente ao se aproximar de certa data do mês. Algumas não podem nem sequer avistar um mosquito voando a metros de distância que logo se irritam com o ritmo do batimento de suas asas ou até mesmo do (tenho que admitir!) ruído perturbador que surge do inseto. Mas, eu me considero uma menina de sorte. Não me lembro de ter sofrido com uma cefaléia, um nervosismo, ansiedade ou inchaço de qualquer parte do meu corpo no período em que eu deveria estar “Treinando Para Matar”. Só espero que esse alívio não seja recompensado no futuro.
Faz parte da vida feminina, e mesmo se eu sentisse uma singela cólica, eu suportaria cada pontada... Porque vale a pena ser mulher.
- Pauta para a Capricho: Você e a TPM.

domingo, 22 de março de 2009

Um papo com a Fada dos Dentes


Cheguei atrasada para a entrevista, mas nada que tirasse o sorriso estampado do rosto dela. Não deixei de reparar no brilho de seu chapéu cor-de-rosa.
Olá, Fada dos Dentes! É uma honra entrevistá-la. E então, como é ser uma Fada dos Dentes?
FD: Eu adoro a minha profissão. Toda fada sonha em ser uma Fada dos Dentes, e eu me orgulho por ser uma.
Onde, geralmente, você encontra os minúsculos dentes de leite?
FD: Na maioria das vezes, em baixo do travesseiro, embaixo da cama e ao lado do abajur. Sem contar aqueles que dificultam o meu trabalho e entram dentro da fronha.
E por quantas moedas você troca cada dente?
FD: Depende. Dou umas moedas a mais para os bem cuidados. Certa vez, encontrei um repleto de cáries. Troquei por uma moeda de cinco centavos, e me arrependo até hoje. Ele não valia nem metade disso.
E qual o fim dos dentes coletados?
FD: Sempre são doados a velhinhos ou pessoas banguelas. Esse é o verdadeiro sentido do meu trabalho: levar sorrisos mais saudáveis a muita gente.
Parabéns pelo trabalho, Fada dos Dentes. Sou sua fã. Quer deixar algum recado para as crianças?
FD: Obrigada, querida. E escovem seus dentes direitinho, crianças! Quanto mais limpos estiverem, mais pesado ficará o cofrinho de vocês.



- Pauta para Capricho: Quem você entrevistaria?
- Meus agradecimentos à Dani e Bárbara (eu amo vocês!)
- Tentei encontrar uma foto mais decente, mas não obtive sucesso. O que vale é a intenção, né? :)

sexta-feira, 20 de março de 2009

O dia em que eu conheci o amor da vida dele - Parte 2

Dessa vez eu a observava de longe. Distante, porém não difícil de perceber como a cor de seus olhos disputavam com o céu que se iluminava aos poucos. Não passava das 6:30 am, mas o céu já havia se transformado em seu azul divino.
Eu observava como ele (aquele que recebia minhas mais impecáveis cartas, ouvia minhas mais dolorosas revelações e fazia* meu coração bater descontroladamente mais rápido) a seguia, até a (surpreendente) maneira como ela o deixava para trás. Mesmo apressando o passo, ele não conseguia alcançá-la. Eles estavam próximos um do outro, mas mantinham uma distância satisfatoriamente razoável - o que me provocava um alívio momentâneo acompanhado de uma série de dúvidas que se multiplicavam incansavelmente na minha cabeça.
Por que eles não se aproximavam ou trocavam algumas palavras, afinal?
Estava perfeitamente nítido como ele tentava alcançá-la sem obter sucesso algum.
Eu subi as escadas do colégio às pressas, prevenindo-me de encontrá-los no caminho. Mas foi em vão: eu os avistei de longe, conversando, apesar de me passar uma leve impressão de ser uma simples conversa estranhamente fugaz. Obviamente, eu não pude deixar de reparar na maneira como ele a olhava.
No recreio, era felizmente perceptível como a aluna nova havia sido bem acolhida - não deixava passar por despercebido (excepcionalmente por mim) também, o fato de ele não estar ao seu redor.
O sinal alertou o fim do intervalo, e a sala de aula gritava meu nome.
Eu a avistei, novamente, em meio àquela "multidão" concentrada no corredor. De repente, eu estava frente à frente com ela. Talvez o fato de que ela estivesse próxima de conhecidas minhas pudesse ter facilitado o nosso primeiro cumprimento a acontecer.
Não me lembro exatamente da onde partiu o "oi", mas eu me recordo perfeitamente da pergunta que ela havia feito: "Tudo bem?", que representou pra mim muito mais que uma singela (e educada) pergunta.
Eu lhe respondi com um sorriso (que talvez tenha sido tímido mas absolutamente sincero), e dessa vez, ela me devolveu outro em troca. Imediatamente, me veio a sensação de dever cumprido.
Eu havia acabado de conhecer o amor da vida dele além dos olhos azuis. E mais: descobri que sim, ela sabe sorrir.
Hoje, eu e a Flávia somos grandes amigas. E somos a grande prova de que uma amizade pode nascer de diversas formas e em diferentes lugares: até mesmo onde poderia ter nascido o ódio.

- Uma homenagem à Flávia Ferrari.
- Para melhor entendimento, leia O dia em que eu conheci o amor da vida dele - Parte 1
- Sim, eu sou a do olho verde, e ela a do olho azul.

* Verbo conjugado no passado indica uma ação que não acontece mais no presente.

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domingo, 8 de março de 2009

Um caráter atrás do anonimato


Segundo meu pai, anônimo é aquele que não apresenta nome. Eu acrescentaria: Indivíduo que ausenta a própria assinatura por falta de coragem, medo da opinião alheia diante de suas palavras expostas.
Seria interessante desabafar com o papel (ou com o meu blog). Eu diria à ele que ainda não sei fazer arroz e que na minha opinião a fulana está horrível de cabelo verde. Mais interessante ainda, seria se só o papel (ou o blog) soubesse quem foi a autora de tais confissões.
Talvez fosse divertido também se eu escrevesse sobre as minhas mágoas (ou até sobre aquele amor que eu ainda não fui capaz de escrever), e deixasse de declarar meu nome após o texto.
Mas eu prefiro assumir que sou eu mesma que não me dou bem com aqueles pequenos grãos brancos (que chamam de arroz) e confessar minhas mágoas com a cara à tapa. Afinal, faz parte da minha personalidade arcar com as consequências das minhas próprias opiniões ou até mesmo das minhas próprias verdades.
Prefiro que meu nome esteja abaixo de todos os meus textos, porque atrás de cada palavra existe o meu caráter disposto a receber qualquer elogio ou crítica. E se eu tiver sorte, alguém ainda pode me ensinar a fazer arroz.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Oompa Loompas x Robert Pattinson

Como rapadura é doce mas não é mole, o trote do TDB (Tudo de Blog - Capricho) ordena: "Descreva o sexy appeal dos Oompa Loompas e defenda porquê você prefere um Oompa Loompa como namorado do que o Robert Pattinson." E é claro, eu não podia perder essa. Detalhe: Texto em portunhol.



Si, ellos son guapos. Sus vozes e o cuerpo inacreditavelmente sensual, são cosas que dificilmente existiria em nuestra tierra. Las canciones se tornam más suaves e perfectas com la dulce voz de un Oompa Loompa. Mi sueño de consumo es ter um deles ao mi lado, cantando ao mi ouvido uma dulce canción. Me olhando dientro de los olhios e me deziendo inúmeras palabrias de amor. Mi vizinha se encanta con un loiro de olhios claros e insiste em decir que aquele tal de
Robert Pattinson es más gatxo que qualquier un daquiele “bando de anõecitos”. Como alguien puede achar un puebre homem como aquiele más guapo que los mios Oompa Loompas? Alién de ter un sorriso falsio e (mutxo!) feio, ele no tiene la voz maravilhosa de um Oompa Loompa, no tiene um cuerpo sensual como o deles e principalmente no tiene nenhuma chance de ser mi namorado. Me gusta las cosas con conteúdo, mutxo conteúdo. Soy mais meus Oompa Loompas guapíssimos. E bien que esse Robert podria ir se preparando para fazer unas plastiquitas. No iria chegar nem a los piés de mis Oompa Loompas, mas no seria nada mal.