domingo, 31 de maio de 2009

Grana demais para ser verdade


Se me depositassem um milhão na conta para gastar em apenas um dia, eu nem pensaria muito: compraria aquele óculos de sol roxo que vi na vitrine semana passada, aquele laptop de strass e aquela máquina fotográfica cor de rosa dos meus sonhos. Sairia do shopping com as sacolas carregadas de roupas; não com o coração apertado por ter que escolher entre uma sandália e outra. Compraria um jatinho para passear pelas Índias e visitar as sete maravilhas do mundo moderno. Compraria uma casa no Havaí e passaria todas as minhas férias por lá. Reservaria uma parte à minha família e ao meu seguro de vida, é claro. Se ainda desse tempo, eu convidaria as amigas para uma festa particular regada àquelas bebidas sofisticadas que nunca tive a oportunidade de experimentar e à trufas recheadas. Mas talvez eu acorde exatamente no momento em que estiver visitando o Cristo Redentor; aí só me restará torcer para que a minha mesada seja suficiente para bancar a primeira parcela daquele laptop de strass.
Pauta para a Capricho: O que você faria com um milhão de reais?

Breve e insignificante


Nunca me imaginei frente a frente com o Robert Pattinson. Primeiro porque a perfeição transmitida pelo Edward se distancia cada dia mais da minha realidade, segundo porque as minhas chances de sair do território brasileiro são tão pequenas quanto às dele de vir para cá e, terceiro porque não me considero tão fanática a ponto de ter esperança de conhecê-lo um dia. Depois que eu soube que o cara estava leiloando seu próprio beijo em um evento beneficente para ajudar a organização Cinema contra a AIDS, parei para refletir: tudo bem, tem um fundo solitário nisso tudo, mas e atrás disso? Dólares e mais dólares para um contato físico tão breve? Cédulas e mais cédulas por uma proximidade que talvez seja insignificante para ele e tão considerável para quem receber o beijo? Eu não gastaria nem um centavo com isso; seria dinheiro demais por um beijo, não por uma causa beneficente. Ele que continue fazendo filmes e ganhando milhões: é uma quantia capaz de ajudar muita gente.
Pauta para a Capricho: Quanto você pagaria por um beijo do badalado vampiro?

terça-feira, 12 de maio de 2009

Até onde você iria por um sonho?


Desistiria na primeira vez em que estivesse de cara com o fracasso, ou lutaria com a força dobrada? Desanimaria se em algum momento ele parecesse distante demais, ou não se importaria? Passaria pela sua cabeça, em algum momento, deixar tudo pra trás? Se lhe dissessem que seria impossível, você acreditaria? Nunca desista de seus sonhos, sejam lá quais forem. Seus esforços valerão a pena, e a sua felicidade será imensa demais para caber em palavras.
- Sim, tô na Capricho! Esse blog vai pra frente graças a vocês. Obrigada por me ajudarem a realizar meu sonho, de coração.

domingo, 3 de maio de 2009

Recolhidos


Ficar na rua até de madrugada, ir à baladas sem a companhia de um responsável e ser a última a ir embora de uma festa foram momentos que não me recordo ter vivenciado muitas vezes. É claro que, para os meus catorze anos, as regras impostas pelos meus pais são certamente dignas. Mas e aquela história: “Daqui a alguns anos você vai poder sair e voltar um pouco mais tarde, filha.”? Considero democracia a liberdade da nação, onde cada pai e mãe tem o direito de darem a educação que julgam ser melhor à seus filhos. Acham que se não investirem em educação o vandalismo vai melhorar? Não deveriam se importar mais com o próprio tráfico de drogas e não com os que estão sujeitos a se envolverem? Nem o Poder Judiciário e muito menos o Conselho Tutelar podem cumprir o papel de uma família. Ao invés de se importarem com a nossa formação de uma forma tão rígida, poderiam ao menos informar nossos pais sobre os perigos expostos e deixá-los encarregados de tomarem medidas à respeito. Tudo bem, entendemos que a intenção é de nos proteger, mas assim nós nos sentimos perseguidos por pessoas desconhecidas. Eu, por exemplo, vou continuar voltando cedo para casa e indo à baladas só com meus pais, obedecendo os limites que eles me impõem e ciente de que foram eles os criadores de tais regras.