terça-feira, 16 de dezembro de 2008

O dia em que eu conheci o amor da vida dele.


"Nenhuma palavra a definira melhor como perfeição. Seus olhos cor de céu sem nuvens, quase transparentes, brilhavam como estrelas reluzentes. Seu cabelo negro como a escuridão, clareava conforme seus olhos se moviam. Sua pele branca com as nuvens que se ausentavam do céu de seus olhos, iluminava ainda mais a minha humilde admiração. Seus olhos, enfim, cruzaram com os meus. Eu lhe abri um sorriso. Nenhuma reação. Decidi encará-la com um pouo mais de coragem, e um novo sorriso. Ela me olhou com ar de reconhecimento. Olhar sério, persistente. Nem sequer um sorriso ela foi capaz de abrir. Ela tinha os olhos mais lindos da face da Terra e um rosto angelical. Mas não abriu nenhum sorriso para o meu olhar curioso. Ela tinha o coração dele, por que não sorria? Ela tinha o que eu sempre quis ter, porque ao menos não demonstrava estar feliz? Ela conseguiu em minutos o que eu, mesmo derramando meu próprio sangue e escorrendo as minhas próprias lágrimas, não fui capaz de conquistar. Se ela me encarava por bem, ou por mal, pouco importava. Eu nunca chegaria aos pés dela. Eu tinha de encarar a realidade: ela tinha o coração dele, mesmo não tendo a oferecer nem um pingo do amor que eu tinha. Se eu fosse ela, não haveria espaço para a minha felicidade. Ele amava ela, e ultimamente o que eu mais desejava eram os olhos deles brilhando ao me ver, seus braços abertos ao me ver chegar e um sorriso irradiante ao se aproximar. Só ela poderia desfrutar disso, e a única coisa que eu podia fazer naquele momento, era tentar entender porque ela não sorria." Angústias de um amor não correspondido - Parte 1.